2005/03/31
Hoje...
Praia! Era mesmo isso que apetecia...
Tenho de ir ver se o país ainda está de tanga.
Tenho de ir ver se o país ainda está de tanga.
Esforço inglório!
Por vezes parece que Portugal é um esforço inglório! E mais inglório é esse esforço quando seria tão fácil mudar, que não se percebe porque nada acontece.
Um dos meus odiados de estimação, Isaltino Morais, está sob investigação policial. No entanto nada impede que no Sábado vá haver um mega jantar de apoio ao HOMEM, organizado pela seccção do PSD em Oeiras. Mais caricato ainda é que perante uma busca efectuada em casa do grande autarca, a secção do PSD referida tenha essencialmente estranhado que estas tenham ocorrido dois dias antes do jantar.
Ou seja, o que é estranho não é que um autarca esteja a ser investigado por crimes de corrupção e branqueamento de capitais, a ponto de a judiciária ter conseguido um mandato para realizar buscas em sua casa. Nem sequer que este mesmo autarca esteja a receber apoio de um partido que aspira a ser governo e que se afirma de Estado. O que é estranho mesmo é que as buscas tenham sido feitas na altura errada... Estes investigadores não têm etiqueta!
Um dos meus odiados de estimação, Isaltino Morais, está sob investigação policial. No entanto nada impede que no Sábado vá haver um mega jantar de apoio ao HOMEM, organizado pela seccção do PSD em Oeiras. Mais caricato ainda é que perante uma busca efectuada em casa do grande autarca, a secção do PSD referida tenha essencialmente estranhado que estas tenham ocorrido dois dias antes do jantar.
Ou seja, o que é estranho não é que um autarca esteja a ser investigado por crimes de corrupção e branqueamento de capitais, a ponto de a judiciária ter conseguido um mandato para realizar buscas em sua casa. Nem sequer que este mesmo autarca esteja a receber apoio de um partido que aspira a ser governo e que se afirma de Estado. O que é estranho mesmo é que as buscas tenham sido feitas na altura errada... Estes investigadores não têm etiqueta!
2005/03/29
Sobreiros e bolotas
Alguns factos interessantes sobre abate de sobreiros:
- A Câmara Municipal de Benavente e o seu presidente são a favor do abate de sobreiros para a construção do empreendimento turistico da Portucale, na freguesia de Samora Correia;
- O plano director municipal, no seu artigo 53º, ponto 5, diz "A implantação de actividades turísticas na área turística deverá ter em consideração os condicionamentos impostos pelos regimes, servidões e restrições legalmente instituídos para o local, nomeadamente para áreas abrangidas por RAN, REN e montados de sobro";
- A Câmara Municipal de Benavente e o seu presidente opuseram-se ao abate de sobreiros para a construção da auto-estrada A13;
- O concelho de Benavente ainda é parte integrante do maior montado de sobro da península ibérica;
- O concelho de Benavente será certamente no futuro o concelho com mais campos de golf por metro quadrado;
- Quinta das celebridades, já temos uma no concelho;
Só podia ser ele...
Isaltino Morais ensina cidadãos a serem bons autarcasSegundo parece o proximo curso será para ensinar cidadãos a serem bons Primeiro-Ministro.
Curso de formação de autarcas é organizado pelo PSD. Participantes têm de pagar 100 euros por 4 dias de curso. Já há 125 alunos inscritos.
O programa será:
1º Dia: "Se não consegues salvar o país, salva-te a ti." - Orador: José Manuel Barroso
2º Dia: "Como evitar as facadas nas costas... ou não." - Orador: Pedro Santana Lopes
3º Dia: "Desde que haja colo, que se lixem as facadas." - Oradores: Peixeiras do Mercado Municipal da Figueira da Foz (aconselha-se o uso de tampões para os ouvidos)
4º Dia: "O descanso do menino guerreiro" - Documentário sobre a noite lisboeta e as suas consequências para a governação.
Aconselho vivamente
2005/03/28
Nem sei que diga...
Gostaria de chamar a atenção para estas duas notícias:
Um sistema produtivo perfeito
Abate de sobreiros para projectos imobiliários teve apoio de três governos
De realçar que o nosso primeiro-ministro, do qual me recuso a pronunciar o nome depois de termos entrado em ruptura com ele há vários posts atrás, foi um dos que aprovou um dos tais projectos estruturantes.
De realçar ainda que não se trata de manter um determinado padrão de ocupação do solo, só para satisfazer o esoterismo de uns tipos que até gostam de bichinhos. Trata-se sim de manter uma riqueza natural que para além de contribuir para a preservação do ambiente, ainda gera importantes benefícios socio-económicos.
Um sistema produtivo perfeito
Abate de sobreiros para projectos imobiliários teve apoio de três governos
De realçar que o nosso primeiro-ministro, do qual me recuso a pronunciar o nome depois de termos entrado em ruptura com ele há vários posts atrás, foi um dos que aprovou um dos tais projectos estruturantes.
De realçar ainda que não se trata de manter um determinado padrão de ocupação do solo, só para satisfazer o esoterismo de uns tipos que até gostam de bichinhos. Trata-se sim de manter uma riqueza natural que para além de contribuir para a preservação do ambiente, ainda gera importantes benefícios socio-económicos.
Ordinarice encapuçada!
É curioso ver como o lançamento do novo livro de Gabriel Garcia Marquez tem sido uma boa ocasião para gente mui bem comportada poder dizer, publicamente, alto e sem bons modos a singela palavra «putas»! É mesmo assim, sem espinhas: «Memórias das minhas putas tristes». E se em países da América Latina provavelmente o vernáculo nem choca muito, habituados que estão a estas ordinarices, em Portugal deve dizer-se que não é habitual que a palavra seja tantas vezes pronunciada, sem que surjam imediatamente risinhos nervosos em background.
Basta ver que na página para a qual linkei em cima, e para a qual volto a linkar, podemos ler pelo menos cinco vezes, sem pudor nem embaraço, a palavra putas. Será isto correcto? Não deveriam ter traduzido o título para que se adaptasse à nossa realidade sociocultural? A título de exemplo sugiro algumas possibilidades:
«Memórias das minhas senhoras de conduta duvidosa e tristes com a vida»
«Memórias das minhas senhoras que não tiveram muitas oportunidades na vida e acabaram por se dedicar a uma vida de degradação e miséria e que por isso ficaram tristes»
«Memórias das minhas senhoras que exploram sexualmente o seu corpo e que por isso vão morrer no inferno, porque Deus as vai condenar, e por isso são pessoas tristes»
Ou ainda o preferido aqui no Ribatejo:
Memórias das minhas «meninas» (este meninas deverá ser acompanhado de um sorriso marialva ou até mesmo maroto) tristes
Era mais bonito, sim senhor!
Basta ver que na página para a qual linkei em cima, e para a qual volto a linkar, podemos ler pelo menos cinco vezes, sem pudor nem embaraço, a palavra putas. Será isto correcto? Não deveriam ter traduzido o título para que se adaptasse à nossa realidade sociocultural? A título de exemplo sugiro algumas possibilidades:
«Memórias das minhas senhoras de conduta duvidosa e tristes com a vida»
«Memórias das minhas senhoras que não tiveram muitas oportunidades na vida e acabaram por se dedicar a uma vida de degradação e miséria e que por isso ficaram tristes»
«Memórias das minhas senhoras que exploram sexualmente o seu corpo e que por isso vão morrer no inferno, porque Deus as vai condenar, e por isso são pessoas tristes»
Ou ainda o preferido aqui no Ribatejo:
Memórias das minhas «meninas» (este meninas deverá ser acompanhado de um sorriso marialva ou até mesmo maroto) tristes
Era mais bonito, sim senhor!
2005/03/24
Casa da Música
Dizem que se reinventa a cada álbum que faz e que deu novos rumos à música pop. Eu digo que ele é bom (músico, entenda-se). Entre os seus álbuns, destaco dois: Sea Change e Midnite Vultures. Portuguesas e Portugueses, monsieur Beck:
Sea Change (2002)
Midnite Vultures (1999)
Falando de sacos azuis...
Há cerca de 5 anos trabalhei na piscina municipal de Oeiras, na altura em que Isaltino Morais ainda era presidente. Nesta piscina, apesar de ser municipal, as entradas rondavam os 1200 escudos por dia (os preços actuais estão aqui) e em Julho e Agosto eram muitos os dias em enchia.
Tendo em conta que a lotação da piscina é de 1675 pessoas, isso significa que em dias de semana as vendas de bilhetes rendia mais de de 2000 contos, fora os resultados do bar, uma vez que era proibido levar comida para dentro do recinto. Aos fins de semana o valor aumentava, já que tal como agora, os bilhetes eram mais caros ao Sábado e ao Domingo.
Nesta piscina trabalhavam no verão cerca de 20 a 25 jovens, que recebiam à volta de 90 contos por mês, a trabalhar seis horas por dia, o que, tendo em conta o que se ganha por aí, nem é muito mau. Mas agora vem a parte interessante: ninguém descontava! e mais interessante ainda era que o pagamento fazia-se no edifício da Câmara Municipal de Oeiras.
Ou seja: por um lado temos um esquema de fuga aos impostos dirigido pela Câmara de Oeiras; por outro, temos uma piscina pública que rende muito dinheiro, mas cujas contas, a avaliar pela forma como lidavam com os salários, fogem a critérios de transparência elementares, especialmente tendo em conta que se trata de uma instituição pública.
Mas a nossa sorte é que os taxistas na Suíça ganham dinheiro suficiente para ter vários milhares de contos a render no banco e que isto não tem nada a ver com desvio de fundos públicos!
Tendo em conta que a lotação da piscina é de 1675 pessoas, isso significa que em dias de semana as vendas de bilhetes rendia mais de de 2000 contos, fora os resultados do bar, uma vez que era proibido levar comida para dentro do recinto. Aos fins de semana o valor aumentava, já que tal como agora, os bilhetes eram mais caros ao Sábado e ao Domingo.
Nesta piscina trabalhavam no verão cerca de 20 a 25 jovens, que recebiam à volta de 90 contos por mês, a trabalhar seis horas por dia, o que, tendo em conta o que se ganha por aí, nem é muito mau. Mas agora vem a parte interessante: ninguém descontava! e mais interessante ainda era que o pagamento fazia-se no edifício da Câmara Municipal de Oeiras.
Ou seja: por um lado temos um esquema de fuga aos impostos dirigido pela Câmara de Oeiras; por outro, temos uma piscina pública que rende muito dinheiro, mas cujas contas, a avaliar pela forma como lidavam com os salários, fogem a critérios de transparência elementares, especialmente tendo em conta que se trata de uma instituição pública.
Mas a nossa sorte é que os taxistas na Suíça ganham dinheiro suficiente para ter vários milhares de contos a render no banco e que isto não tem nada a ver com desvio de fundos públicos!
A certidão mais difícil do mundo
E de repente dou por mim a pensar, estranho! Bom, pensei e pensei e eis que surge esta brilhante ideia, não seria engraçado se alguém exercendo o seu poder de cidadania (assumindo que este cumpre os seus deveres cívicos que lhe dão direito a sê-lo) entra dentro da conservatória do tribunal de Benavente e rebenta com aquilo tudo. Violento não é? Reparem só na justificação para tão macabro acto, imaginem que existe uma pessoa que não se podendo deslocar ao local resolve pedir uma certidão de nascimento no portal do cidadão on-line, eles como é de seu apanágio resolvem a situação rapidamente fazendo o pedido a conservatória em questão.
Num outro qualquer local apropriado para este tipo de situação isto estaria resolvido em cinco dias úteis (o que por si já é um sacrilégio), mas não é que quase três semanas depois o documento continua sem estar feito, desesperado a pessoa em questão liga a alguém conhecido para se este eventualmente tiver tempo, passar pela conservatória para verificar o que se passa com o documento, esse conhecido vai á conservatória e pergunta: - O que se passa com a certidão?
Reparem na resposta: - Não temos tido tempo, mas espere só um instante que já lha dou. (demorou 30 segundos a fazer)
Ora portanto os pedidos on-line são para quê? Será que eles não percebem que há pessoas que não se podem deslocar ao local e utilizam este meio como forma de resolver o problema, será que são atrasados mentais? É que bastou verem alguém para resolverem o problema, mas qual é a diferença? Não consigo perceber, quer dizer consigo, mas é melhor nem entrar por ai senão não há espaço no blog para tanta possível explicação, mas fica porém uma pequena sugestão.
Aos funcionários desta conservatória, leiam um pequeno livro de seu nome “Quem mexeu no meu queijo” de Dr. Spencer Johnson e acordem para a vida!
Num outro qualquer local apropriado para este tipo de situação isto estaria resolvido em cinco dias úteis (o que por si já é um sacrilégio), mas não é que quase três semanas depois o documento continua sem estar feito, desesperado a pessoa em questão liga a alguém conhecido para se este eventualmente tiver tempo, passar pela conservatória para verificar o que se passa com o documento, esse conhecido vai á conservatória e pergunta: - O que se passa com a certidão?
Reparem na resposta: - Não temos tido tempo, mas espere só um instante que já lha dou. (demorou 30 segundos a fazer)
Ora portanto os pedidos on-line são para quê? Será que eles não percebem que há pessoas que não se podem deslocar ao local e utilizam este meio como forma de resolver o problema, será que são atrasados mentais? É que bastou verem alguém para resolverem o problema, mas qual é a diferença? Não consigo perceber, quer dizer consigo, mas é melhor nem entrar por ai senão não há espaço no blog para tanta possível explicação, mas fica porém uma pequena sugestão.
Aos funcionários desta conservatória, leiam um pequeno livro de seu nome “Quem mexeu no meu queijo” de Dr. Spencer Johnson e acordem para a vida!
2005/03/23
Casa da Música
Descobri-os através do suplemento do Público, Y, e após ter "adquirido" o CD, dei por bem abençoada essa descoberta. Trata-se nem mais nem menos dos Antony and the Johnsons e do seu último álbum chamado «I am a bird now». A ouvir!
"Vou levar-te comigo..." (Duo Ouro Negro)
Aconteceu novamente nos Estados Unidos, essa prolífera nação onde tudo acontece...
Um qualquer adolescente resolveu dar azo às suas frustrações e/ou problemas pessoais e convenientemente acompanhado por algumas daquelas armas a que os americanos parecem facilmente conseguir deitar as mãos, resolveu dar um passeio pela sua escola, atirando a tudo o que respirasse, ao mesmo tempo que entrava em delírios teológicos acerca da existência ou não do Criador, conseguindo com essa brilhante e corajosa acção (não existe nada mais másculo que disparar contra adolescentes desarmados, pois não?), roubar a vida a pelo menos 9 pessoas, incluindo-se a ele próprio na contagem final, uma vez que depois de ter trocado alguns tiros com a polícia local, o nosso rapaz resolveu suicidar-se...
A questão que se coloca é esta: porque razão estou eu a ponderar sobre mais este exemplo daquilo que nos separa dos animais? (a estupidez, caros amigos, nem mais...)
Porque estou a desenvolver uma teoria...
Todos sabemos que os Estados Unidos da América têm uma sede por armas e conflitos que não tem rival em nenhuma outra nação do mundo. Os lobbies da indústria militar/armeira são de tal forma fortes (Charlton Heston, essa figura...), possuíndo um poder de insinuação tão poderoso na sociedade americana (que tão bem exemplificou Michael Moore), que alguns de nós acreditam mesmo que são eles que têm ajudado a controlar diferentes administrações americanas (foi você que pediu uma teoria da conspiração?), pois só assim conseguimos compreender que em pleno século XXI, aquela nação se sinta psicologicamente presa no tempo dos velhos westerns de cordel.
Algumas considerações: a par da Suécia, o nosso Alentejo tem uma das taxas de suicídio mais elevadas da Europa. Mas para meu espanto, os nossos suicidas alentejanos, tal como os fatalistas suecos, morrem sozinhos. Já sei o que estão a pensar... Tudo bem, pode ser uma coisa cultural mas, no meu ponto de vista, o suicídio é um acto solitário. Corajoso, cobarde ou desesperado, seja como for, é algo que habitualmente se faz sozinho. A única excepção à regra são os suicídios dos amantes, com todo aquele romantismo do "juntos até ao fim e coiso...".
A minha teoria (é fraquinha, eu sei, mas cada vai disto!) - Os americanos, inovadores como sempre e como só eles sabem ser, tomam nas suas mãos os créditos pela invenção do suicídio social! O problema inerente a esta nova tendência é que não existem muitos adeptos da prática. Posso ser só eu, mas consigo compreender perfeitamente bem os aborrecimentos da coisa. Afinal de contas, quando nos fartámos dos yô-yô's não arranjámos logo um skate? E o que acontece quando nos fartarmos de estar suicidados?
Assim, como não existem muitos indivíduos a aderir, conseguimos nós compreender estes rapazes novos, sempre à procura da nova moda mas que não gostam de fazer nada sozinhos, que numa caminhada enlouquecida rumo ao seu suicídio, resolvem levar mais alguém consigo. No fundo, o problema é a solidão...
Por fim: face ao cenário apocalíptico que ficou para sempre gravado na história daquela cidade, na vida daquelas pessoas, dou comigo a olhar para um disco de From First To Last e compreendo que a resposta a tudo está lá, naquele título: "Dear diary, my teen angst has a body count".
Por detrás do delírio, existe razão...
Um qualquer adolescente resolveu dar azo às suas frustrações e/ou problemas pessoais e convenientemente acompanhado por algumas daquelas armas a que os americanos parecem facilmente conseguir deitar as mãos, resolveu dar um passeio pela sua escola, atirando a tudo o que respirasse, ao mesmo tempo que entrava em delírios teológicos acerca da existência ou não do Criador, conseguindo com essa brilhante e corajosa acção (não existe nada mais másculo que disparar contra adolescentes desarmados, pois não?), roubar a vida a pelo menos 9 pessoas, incluindo-se a ele próprio na contagem final, uma vez que depois de ter trocado alguns tiros com a polícia local, o nosso rapaz resolveu suicidar-se...
A questão que se coloca é esta: porque razão estou eu a ponderar sobre mais este exemplo daquilo que nos separa dos animais? (a estupidez, caros amigos, nem mais...)
Porque estou a desenvolver uma teoria...
Todos sabemos que os Estados Unidos da América têm uma sede por armas e conflitos que não tem rival em nenhuma outra nação do mundo. Os lobbies da indústria militar/armeira são de tal forma fortes (Charlton Heston, essa figura...), possuíndo um poder de insinuação tão poderoso na sociedade americana (que tão bem exemplificou Michael Moore), que alguns de nós acreditam mesmo que são eles que têm ajudado a controlar diferentes administrações americanas (foi você que pediu uma teoria da conspiração?), pois só assim conseguimos compreender que em pleno século XXI, aquela nação se sinta psicologicamente presa no tempo dos velhos westerns de cordel.
Algumas considerações: a par da Suécia, o nosso Alentejo tem uma das taxas de suicídio mais elevadas da Europa. Mas para meu espanto, os nossos suicidas alentejanos, tal como os fatalistas suecos, morrem sozinhos. Já sei o que estão a pensar... Tudo bem, pode ser uma coisa cultural mas, no meu ponto de vista, o suicídio é um acto solitário. Corajoso, cobarde ou desesperado, seja como for, é algo que habitualmente se faz sozinho. A única excepção à regra são os suicídios dos amantes, com todo aquele romantismo do "juntos até ao fim e coiso...".
A minha teoria (é fraquinha, eu sei, mas cada vai disto!) - Os americanos, inovadores como sempre e como só eles sabem ser, tomam nas suas mãos os créditos pela invenção do suicídio social! O problema inerente a esta nova tendência é que não existem muitos adeptos da prática. Posso ser só eu, mas consigo compreender perfeitamente bem os aborrecimentos da coisa. Afinal de contas, quando nos fartámos dos yô-yô's não arranjámos logo um skate? E o que acontece quando nos fartarmos de estar suicidados?
Assim, como não existem muitos indivíduos a aderir, conseguimos nós compreender estes rapazes novos, sempre à procura da nova moda mas que não gostam de fazer nada sozinhos, que numa caminhada enlouquecida rumo ao seu suicídio, resolvem levar mais alguém consigo. No fundo, o problema é a solidão...
Por fim: face ao cenário apocalíptico que ficou para sempre gravado na história daquela cidade, na vida daquelas pessoas, dou comigo a olhar para um disco de From First To Last e compreendo que a resposta a tudo está lá, naquele título: "Dear diary, my teen angst has a body count".
Por detrás do delírio, existe razão...
2005/03/22
Carta aberta ao Primeiro Ministro
Caro José,
Compartilhando a indignação do meu co-camarão mui ilustre Pedro Marques tenho de te revelar que estou profundamente desiludido com a tua atitude.
Sabendo-te uma pessoa inteligente, e, como todas as pessoas inteligentes, um leitor assíduo deste nobre espaço de reflexão, não consigo compreender como não nos convidaste para fazer parte do teu governozinho.
Sabendo que não fazemos parte de um "lobby" tão poderoso como o das mulheres, sabemos tão bem como tu que fazemos muito mais falta ao governo deste país do que elas! No entanto ainda não vi nenhum comentador a referir a falta que faz existir a cota justa de Camarões no governo!
Resumindo, fomos fritos! E isso é inaceitavel para o Camarão do Rio que exige ser cozido!
Existe pois, claramente, uma discriminação dos média em relação ao Camarão, o que é totalmente inaceitável. Temos motivos para crer que esta orquestração sai do seio do teu governo, o que não sendo totalmente mau, porque para nós seio será sempre seio, não nos satisfaz.
Portanto temos de humildemente exigir da tua parte uma retratação pública, referindo a grande injustiça que cometeste ao não nos incluires no teu governo, e que garantas a nossa presença na próxima reformulação governamental.
Sem mais assunto de momento,
Camarão chocado
Compartilhando a indignação do meu co-camarão mui ilustre Pedro Marques tenho de te revelar que estou profundamente desiludido com a tua atitude.
Sabendo-te uma pessoa inteligente, e, como todas as pessoas inteligentes, um leitor assíduo deste nobre espaço de reflexão, não consigo compreender como não nos convidaste para fazer parte do teu governozinho.
Sabendo que não fazemos parte de um "lobby" tão poderoso como o das mulheres, sabemos tão bem como tu que fazemos muito mais falta ao governo deste país do que elas! No entanto ainda não vi nenhum comentador a referir a falta que faz existir a cota justa de Camarões no governo!
Resumindo, fomos fritos! E isso é inaceitavel para o Camarão do Rio que exige ser cozido!
Existe pois, claramente, uma discriminação dos média em relação ao Camarão, o que é totalmente inaceitável. Temos motivos para crer que esta orquestração sai do seio do teu governo, o que não sendo totalmente mau, porque para nós seio será sempre seio, não nos satisfaz.
Portanto temos de humildemente exigir da tua parte uma retratação pública, referindo a grande injustiça que cometeste ao não nos incluires no teu governo, e que garantas a nossa presença na próxima reformulação governamental.
Sem mais assunto de momento,
Camarão chocado
Basta!
Apesar de ter dado graxa ao PS por duas vezes, ainda não recebi ofertas de emprego! Isto é uma vergonha! Que raio de Governo é este? A partir de agora é só malhar no ceguinho!
BANDIDOS
BANDIDOS
Alterações
Mais 1 vez estive a mudar algumas coisas, nomeadamente o sistema de comentários que tinham motivado a queixa de alguns leitores. Deste modo integrei o sistema do próprio blogger, abandonando o anterior (enetation).
Infelizmente os (poucos) comentários existentes serão perdidos, peço por esse motivo desculpa aos comentadores. Peço no entanto a compreensão e espero que estas mudanças sejam as definitivas.
Agradeço desde já que nos deiam o feedback necessário, para tornar este um espaço cada vez mais agradável.
Infelizmente os (poucos) comentários existentes serão perdidos, peço por esse motivo desculpa aos comentadores. Peço no entanto a compreensão e espero que estas mudanças sejam as definitivas.
Agradeço desde já que nos deiam o feedback necessário, para tornar este um espaço cada vez mais agradável.
Como seria de esperar O DESPORTO!
Tantas definições, tanto debate, nada de muito importante diga-se de passagem. Á excepção de o conhecimento destas permitir estruturar melhor o conhecimento para quem se queira envolver nesta área não vejo relativa importância nesta discussão! É porém vital para quem queira regir a sua vida dentro desta área de conhecimento ou ciência, o dominio de duas grandes ferramentas conceptuais a sistematização e diagnóstico e seus respectivos desdobramentos, a sistematização, pois num mundo em constante mudança e onde o conhecimento é quase furtuito, onde tudo parece que tem utilidade e muito pouco o tem. Na realidade há que saber retirar o conhecimento útil em toda a informação que nos seja possibilitada! O diagnóstico pois tal como numa outra qualquer área que intervenha directamente com a vida das pessoas, como a medicina, esta é a grande ferramenta que distingue a competência dos seus profissionais, quando digo diagnóstico falo logicamente do seu respectivo prolongamento, a prescrição e controlo. como é que se pode ser minimamente profissional numa área cientifica sem dominar os básicos conhecimentos sobre os quais ela se rege! os comportamentos solicitados com a práctica de actividades desportivas, as reacções psicológicas, fisiológicas culturais e a sua obrigatória ligação pois um homem é um ser holistico maior que a soma das suas partes. como se corrige um movimento humano tendo como objectivo trabalhar a componente formativa da práctica de actividades desportivas se não se dominam as ferramentas conceptuais que o permitem fazer, esta infelizmente é a nossa realidade e é na mão destes carniceiros, os empiricos, que está o futuro dos nossos filhos! sejam exigentes não permitam atrocidades, perguntem os porquês de tudo, ponham tudo em causa e se a pessoa que os orienta não souber responder, saia e procure quem saiba, pois a profissionalização do desporto é uma realidade e o nacional porreirismo instaurado em redor deste irá com a vossa ajuda certamente desaparecer!
Melancolía
Chegaram, enfim, os dias cinzentos, com a chuva a bater na janela e o vento a soprar calma e constantemente, arrastando consigo as folhas caducas que se desprendem das árvores...
É verdade, chegou... a Primavera (!?!?).
É verdade, chegou... a Primavera (!?!?).
2005/03/21
Sonhos, rotinas e filmes...
Eles estiveram lá quase todos, acomodados nas suas tribunas parlamentares, na ânsia de ouvir a nova programação governamental, mas ainda mal a procissão tinha saído da igreja e logo a colecção de santos e milagres foi posta em causa.
Para mim, foi como se tivessem começado a rodar as bobines para um filme que já vi anteriormente e que nunca mereceu o meu voto para os Óscares.
Os actores vão mudando e a cada nova estreia pensamos estar perante uma grande produção, mas com argumentos da qualidade dos que nos são apresentados, o futuro da indústria pode estar seriamente ameaçado...
Também não votei nesta produção, nem neste realizador, mas o facto do genérico apresentar uma relativa promessa de competência (colaboradores em áreas da sua especialização), deixou-me pelo menos a esperança inicial de um tempo bem passado. Espero não me estar a iludir de uma forma demasiado óbvia, mas apenas o referido tempo me pode dar razão ou desmentir.
Sou adepto de um pequeno livro que se intitula "A Governação pela competência", no qual encontrei uma apologia muito simples da escolha dos indivíduos mais aptos para os lugares de governação mais indicados com as suas qualidades e conhecimentos. Simples, não é? São ideias tão simples que fico admirado como nenhum dos nossos governantes se lembrou de aplicar estas linhas orientadoras até ao momento... Corrijam-me se estiver enganado.
Promovo aqui que se escreva um novo capítulo deste livro e daqui envio a minha contribuição para o seu título: "A Oposição pela competência". Porque também é preciso uma oposição que funcione, para que a governação possa funcionar. Ser oposição só porque sim, só porque a cor da ideia não é a nossa cor preferida, é ser um entrave tão grande para a democracia e para os seus processos, como todos aqueles que abominam a dita governação pelos eleitos do povo.
Pessoalmente, não estou nem um pouco ansioso por quatro anos (se este governo durar até lá) de uma oposição baseada naquela personagem criada por Maurício, para a sua Turma da Mônica, o por demais famoso, Do Contra! Ofereçam-me uma oposição activa e inteligente, esforçada e interessada e não mais-daquele-mesmo que nos têm oferecido as oposições de sempre.
Eu tive este sonho, concedo que ingénuo, de assistir a uma simbiose governo/oposição em que coisas realmente importantes eram geridas, debatidas e resolvidas. Onde a evolução intelectual e social era uma realidade e não apenas uma lenda, incluída num argumento para um filme que continuamente é pontapeado de realizador para realizador. Eu tive este sonho e confesso que às vezes ainda o tenho...
Para mim, foi como se tivessem começado a rodar as bobines para um filme que já vi anteriormente e que nunca mereceu o meu voto para os Óscares.
Os actores vão mudando e a cada nova estreia pensamos estar perante uma grande produção, mas com argumentos da qualidade dos que nos são apresentados, o futuro da indústria pode estar seriamente ameaçado...
Também não votei nesta produção, nem neste realizador, mas o facto do genérico apresentar uma relativa promessa de competência (colaboradores em áreas da sua especialização), deixou-me pelo menos a esperança inicial de um tempo bem passado. Espero não me estar a iludir de uma forma demasiado óbvia, mas apenas o referido tempo me pode dar razão ou desmentir.
Sou adepto de um pequeno livro que se intitula "A Governação pela competência", no qual encontrei uma apologia muito simples da escolha dos indivíduos mais aptos para os lugares de governação mais indicados com as suas qualidades e conhecimentos. Simples, não é? São ideias tão simples que fico admirado como nenhum dos nossos governantes se lembrou de aplicar estas linhas orientadoras até ao momento... Corrijam-me se estiver enganado.
Promovo aqui que se escreva um novo capítulo deste livro e daqui envio a minha contribuição para o seu título: "A Oposição pela competência". Porque também é preciso uma oposição que funcione, para que a governação possa funcionar. Ser oposição só porque sim, só porque a cor da ideia não é a nossa cor preferida, é ser um entrave tão grande para a democracia e para os seus processos, como todos aqueles que abominam a dita governação pelos eleitos do povo.
Pessoalmente, não estou nem um pouco ansioso por quatro anos (se este governo durar até lá) de uma oposição baseada naquela personagem criada por Maurício, para a sua Turma da Mônica, o por demais famoso, Do Contra! Ofereçam-me uma oposição activa e inteligente, esforçada e interessada e não mais-daquele-mesmo que nos têm oferecido as oposições de sempre.
Eu tive este sonho, concedo que ingénuo, de assistir a uma simbiose governo/oposição em que coisas realmente importantes eram geridas, debatidas e resolvidas. Onde a evolução intelectual e social era uma realidade e não apenas uma lenda, incluída num argumento para um filme que continuamente é pontapeado de realizador para realizador. Eu tive este sonho e confesso que às vezes ainda o tenho...
Não votei no PS!
Não votei no PS e sem sequer acho muito bom que Sócrates tenha obtido a maioria absoluta, mas fico feliz por ver a diferença abissal que vai entre este governo e o anterior.
Santana Lopes, viciado em câmaras de televisão, antes de ser governo veio dizer que fazia e acontecia. Lembram-se da deslocalização de ministérios e dos Conselhos de ministros por video-conferência; do governo formado com pessoas de fora de Lisboa; dos ditos e não ditos (embora seja preciso admitir que desde já o Governo do PS não se livra da polémica dos impostos, que ainda não se sabe se vão subir, baixar ou ficar iguais).
Agora o oposto: Sócrates, de quem se dizia que era uma cópia do outro mas mais à esquerda, manteve o silêncio e a prudência, contrariou a ânsia de notícias (ou de mexericos) dos jornalistas e agora apresenta medidas concretas, para concretizar em prazos definidos. Bem sei que nem tudo são rosas e que na verdade tanto o programa eleitoral do PS como o programa de governo são bastante vagos. Mas no fundo Sócrates apenas está a ser aquilo que os tempos lhe dizem para ser: pragmático. Ou seja, delineou objectivos gerais para o seu governo e agora, à medida que o tempo for avançando, vai definindo quais as medidas mais correctas a tomar, em função do contexto.
A ver vamos!
Santana Lopes, viciado em câmaras de televisão, antes de ser governo veio dizer que fazia e acontecia. Lembram-se da deslocalização de ministérios e dos Conselhos de ministros por video-conferência; do governo formado com pessoas de fora de Lisboa; dos ditos e não ditos (embora seja preciso admitir que desde já o Governo do PS não se livra da polémica dos impostos, que ainda não se sabe se vão subir, baixar ou ficar iguais).
Agora o oposto: Sócrates, de quem se dizia que era uma cópia do outro mas mais à esquerda, manteve o silêncio e a prudência, contrariou a ânsia de notícias (ou de mexericos) dos jornalistas e agora apresenta medidas concretas, para concretizar em prazos definidos. Bem sei que nem tudo são rosas e que na verdade tanto o programa eleitoral do PS como o programa de governo são bastante vagos. Mas no fundo Sócrates apenas está a ser aquilo que os tempos lhe dizem para ser: pragmático. Ou seja, delineou objectivos gerais para o seu governo e agora, à medida que o tempo for avançando, vai definindo quais as medidas mais correctas a tomar, em função do contexto.
A ver vamos!
2005/03/20
Casa da Leitura
Num rasgo de originalidade ímpar na blogosfera portuguesa (bem sei que não é assim tão original, mas deixem-me lá pensar que sim) decidi que a par de apresentar alguns dos meus álbuns favoritos, poderia falar de alguns dos escritores que mais gosto de ler. Dou assim início à Casa da leitura.
Começo pelo italiano Italo Calvino. Os três livros que li dele (são apresentados em baixo por ordem cronológica de leitura) permitiram confirmá-lo como um dos meus autores favoritos.
Na literatura, dois dos aspectos que mais gosto de analisar são a originalidade da história e a qualidade/originalidade da escrita. Sem em alguns casos há claramente um dos aspectos que se sobrepõe ao outro, no caso de Calvino estes dois vectores mesclam-se de forma quase perfeita. A prová-lo estão os três livros referidos, todos eles diferentes, todos eles originais e todos ele muito bem escritos.
Começo pelo italiano Italo Calvino. Os três livros que li dele (são apresentados em baixo por ordem cronológica de leitura) permitiram confirmá-lo como um dos meus autores favoritos.
Na literatura, dois dos aspectos que mais gosto de analisar são a originalidade da história e a qualidade/originalidade da escrita. Sem em alguns casos há claramente um dos aspectos que se sobrepõe ao outro, no caso de Calvino estes dois vectores mesclam-se de forma quase perfeita. A prová-lo estão os três livros referidos, todos eles diferentes, todos eles originais e todos ele muito bem escritos.
Se numa noite de Inverno um Viajante...
O Barão Trepador
Palomar
Reacção ao jantar de ontem
Situado no passeio marítimo de Álges, o restaurante Mexicano La Siesta foi visitado por 2 elementos dos camarões. Chamem-nos porcos capitalistas, que somos, mas a visita foi apreciada por todos.
Ambiente acolhedor, empregados simpáticos, comida excelente em apresentação e conteúdo... o único senão é mesmo o ar condicionado que não acompanha o picante...
Pessoalmente tenho de aconselhar o Filete de Res En Nogada e, como é óbvio, as Margaritas.
Juntando a tudo isto uma excelente companhia, é certamente o ínicio de uma noite quase perfeita, culminada com o belo concerto de Terrakota, referido pelo co-camarão Pedro Marques.
Ambiente acolhedor, empregados simpáticos, comida excelente em apresentação e conteúdo... o único senão é mesmo o ar condicionado que não acompanha o picante...
Pessoalmente tenho de aconselhar o Filete de Res En Nogada e, como é óbvio, as Margaritas.
Juntando a tudo isto uma excelente companhia, é certamente o ínicio de uma noite quase perfeita, culminada com o belo concerto de Terrakota, referido pelo co-camarão Pedro Marques.
Reacções ao concerto de ontem
Estes aqui adoraram! Foi só dançar, como podem ver.
Apesar de com o movimento seguinte este senhor quase ter torcido os joanetes. Mas a música cura tudo...
Apesar de com o movimento seguinte este senhor quase ter torcido os joanetes. Mas a música cura tudo...
Casa da Música
Ontem à noite vi um concerto de Terrakota em Benavente (quem diria, em Benavente!) MUITO MUITO BOM.
2005/03/18
Para quê viver em democracia?
Há uns anos atrás Churchill disse que a democracia era o pior sistema político, excepto todos os outros que já tinham sido experimentados. Esta defesa envergonhada do sistema surgiu numa altura em que era preciso convencer os Europeus a rejeitarem os avanços do comunismo soviético, recorrendo à ideia de que isto até está mal, mas os outros estão piores.
Hoje em dia, após a implosão da União Soviética, o que teria dito Churchill? Talvez se manifestasse abertamente a favor da democracia, afirmando: Este é o melhor sistema político de todos!
Mas o que é a democracia? Há cerca de um ano, aquando de uma outra passagem de Manuel Castells por Portugal (digo outra, para diferenciar da sua passagem pelo país há uns dias), estes sociólogo foi entrevistado por Ana Sousa Dias no programa "Por outro lado". Nessa altura disse que sabemos que vivemos em democracia quando a campainha toca às três da manhã e pensamos que é o carteiro (Castells disse isto citando um escritor, do qual não me lembro o nome).
No fundo o que isto significa, na minha opinião, é que o grande benefício de viver em democracia é o conforto que isso proporciona. Conforto no sentido mais abrangente possível. Este conforto deriva do facto de, mesmo quando parece que se instalou uma espécie de pensamento único, continuarem a haver formas de expressarmos a nossa opinião. Mas também do facto de raramente sermos obrigados a viver mudanças bruscas, uma vez que o progresso nasce da discussão e do confronto de ideias.
E finalmente surge o tema que eu gostava de inserir: o novo Governo terá de ter em conta que o conforto democrático não é um privilégio insustentável, mas sim um direito inalienável, sem o qual não faz sentido viver em democracia. O que significa que todas as suas medidas terão de ser produndamente discutidas e negociadas, sob pena de serem bloqueadas pelo direito democrático de dizer não. Isto não significa que não se faça o que é preciso, pelo contrário.
Julgo que muitas pessoas na sociedade portuguesa querem mudar, embora não saibam bem como. Desde a administração pública até aos patrões do sector privado, passando pelos sindicatos e representantes seja de quem for, há uma vontade de mudança, porque, embora isso possa não ser claro, os portugueses vão-se cansando de viver na balbúrdia. O que o PS terá de fazer é aproveitar essa vontade de mudança e por o país a mexer.
Hoje em dia, após a implosão da União Soviética, o que teria dito Churchill? Talvez se manifestasse abertamente a favor da democracia, afirmando: Este é o melhor sistema político de todos!
Mas o que é a democracia? Há cerca de um ano, aquando de uma outra passagem de Manuel Castells por Portugal (digo outra, para diferenciar da sua passagem pelo país há uns dias), estes sociólogo foi entrevistado por Ana Sousa Dias no programa "Por outro lado". Nessa altura disse que sabemos que vivemos em democracia quando a campainha toca às três da manhã e pensamos que é o carteiro (Castells disse isto citando um escritor, do qual não me lembro o nome).
No fundo o que isto significa, na minha opinião, é que o grande benefício de viver em democracia é o conforto que isso proporciona. Conforto no sentido mais abrangente possível. Este conforto deriva do facto de, mesmo quando parece que se instalou uma espécie de pensamento único, continuarem a haver formas de expressarmos a nossa opinião. Mas também do facto de raramente sermos obrigados a viver mudanças bruscas, uma vez que o progresso nasce da discussão e do confronto de ideias.
E finalmente surge o tema que eu gostava de inserir: o novo Governo terá de ter em conta que o conforto democrático não é um privilégio insustentável, mas sim um direito inalienável, sem o qual não faz sentido viver em democracia. O que significa que todas as suas medidas terão de ser produndamente discutidas e negociadas, sob pena de serem bloqueadas pelo direito democrático de dizer não. Isto não significa que não se faça o que é preciso, pelo contrário.
Julgo que muitas pessoas na sociedade portuguesa querem mudar, embora não saibam bem como. Desde a administração pública até aos patrões do sector privado, passando pelos sindicatos e representantes seja de quem for, há uma vontade de mudança, porque, embora isso possa não ser claro, os portugueses vão-se cansando de viver na balbúrdia. O que o PS terá de fazer é aproveitar essa vontade de mudança e por o país a mexer.
2005/03/17
A mais aguardada
A Sagres decidiu lançar, para gáudio do co-camarão João Paulo, a sua cerveja ruiva: a Sagres Bohemia. Mesmo a tempo, agora que se aproxima a época do Camarão do Rio. Obrigado Sagres!
Casa da Música
Aqui vai mais uma edição da Casa da Música.
Sei que este álbum é bem velhinho, mas eu só o descobri há uns anos e além disso só agora tenho um blog onde me lembrei de expor os artistas de que mais gosto.
Apenas com um álbum de originais, Jeff Buckley foi capaz de criar uma obra-prima da música pop. A ouvir!
É triste
Mas é previsivel que andemos a caminhar para algo deste género.
2005/03/16
Casa da Música
Este álbum vale a pena. Manel Cruz continua em grande a escrever poesia em Português e estes músicos continuam a tentar trilhar novos caminhos dentro da música contemporânea (ou chamem-lhe o que quiserem). Depois da experiência (muito boa, na minha opinião) dos Ornatos Violeta, dois dos seus elementos decidiram voltar à luta e acho que fizeram bem.
2005/03/15
Ainda os medicamentos
Reparei que esta primeira medida anunciada pelo governo tem suscitado grande discussão, principalmente em torno da questão da garantia das condições para a venda de medicamentos nas grandes superficies, ou nos locais onde esta venha a ser aprovada.
Aparentemente, depois de perdido esse argumento, parece que o "lobby" farmacêutico vem agora com o "novo" argumento da pílula do dia seguinte, que sendo de venda livre, virá a ser comercializada nas referidas superfícies. Aquando do aparecimento destes fármacos, farmacêuticos defendiam a venda livre, com razão, contra a opinião de outro "lobby", o dos médicos. Veremos se não vão mudar de opinião agora, argumentando que as pessoas são imaturas e irresponsáveis, usando este método contracéptivo de emergência, como se fosse outro qualquer, atendendo à maior facilidade de acesso ao mesmo.
Mas a que me parece ser a grande questão tem sido deixada practicamente à margem da discussão. A questão do mercado de venda de medicamentos: neste momento, nem sequer existe liberdade para abrir farmácias, dependendo de licenças limitadissimas, ordenadas por critérios obscuros, que não atendem minimamente aos interesses dos clientes, mas só a determinados grupos de interesse. Não consigo encontrar paralelo em mais nenhum sector económico deste país. Isto é um atentado à livre concorrência.
Não faz sentido fazer "só" esta mudança, sem alterar tambem as regras do jogo para a própria criação de farmácias. Mas penso que isto foi só o começo, que foi só para lançar a discussão pública sobre o assunto. Aguardemos pelas propostas concretas.
Sobre este assunto, só mais uma referência a uma crónica de Vital Moreira.
Aparentemente, depois de perdido esse argumento, parece que o "lobby" farmacêutico vem agora com o "novo" argumento da pílula do dia seguinte, que sendo de venda livre, virá a ser comercializada nas referidas superfícies. Aquando do aparecimento destes fármacos, farmacêuticos defendiam a venda livre, com razão, contra a opinião de outro "lobby", o dos médicos. Veremos se não vão mudar de opinião agora, argumentando que as pessoas são imaturas e irresponsáveis, usando este método contracéptivo de emergência, como se fosse outro qualquer, atendendo à maior facilidade de acesso ao mesmo.
Mas a que me parece ser a grande questão tem sido deixada practicamente à margem da discussão. A questão do mercado de venda de medicamentos: neste momento, nem sequer existe liberdade para abrir farmácias, dependendo de licenças limitadissimas, ordenadas por critérios obscuros, que não atendem minimamente aos interesses dos clientes, mas só a determinados grupos de interesse. Não consigo encontrar paralelo em mais nenhum sector económico deste país. Isto é um atentado à livre concorrência.
Não faz sentido fazer "só" esta mudança, sem alterar tambem as regras do jogo para a própria criação de farmácias. Mas penso que isto foi só o começo, que foi só para lançar a discussão pública sobre o assunto. Aguardemos pelas propostas concretas.
Sobre este assunto, só mais uma referência a uma crónica de Vital Moreira.
Crise anunciada... mas ignorada!
Há já vários anos que ocasionalmente se ouvia falar no excesso de casas para habitação em Portugal. Fruto do (des)ordenamento do território que temos, construiu-se em demasia e descaracterizaram-se muitas das cidades portuguesas, para permitir a engorda de alguns construtores civis e autarcas afins.
Neste sentido, a notícia de que no quarto trimestre de 2004 a construção de casas novas continuou a decrescer, em sintonia com o que tem vindo a acontecer nos últimos dois anos, não surpreende. Talvez apenas surpreenda por ter vindo tarde de mais, pelo menos para muitas cidades e vilas portuguesas.
Muito provavelmente a queda não foi ainda mais abrupta unicamente devido ao hábito de comprar uma segunda casa, que ultimamente tem vindo a impor-se entre os portugueses. Por outro lado, o sector da construção civil tem sido relativamente alavancado pelos bancos portugueses, uma vez que cerca de 60% do crédito que estes concedem anualmente é para este sector (desde empréstimos às empresas, até à compra de casa).
É certo que o Estado português pouco poderia ter feito para impedir a existência de empresas, até porque, numa economia de mercado, a decisão cabe essencialmente aos consumidores: se há procura, há oferta. Mas uma coisa que o Estado poderia e deveria ter feito, desde a administração central até à administração local, era impedir a construção desordenada e promover o ordenamento do território e a transparência dos processos. Pelo menos desta forma, poderia ter garantido um crescimento mais sustentado do sector, uma vez que apenas funcionariam as empresas que prestassem um bom serviço e não aquelas que vivem dos "esquemas".
Neste sentido, a notícia de que no quarto trimestre de 2004 a construção de casas novas continuou a decrescer, em sintonia com o que tem vindo a acontecer nos últimos dois anos, não surpreende. Talvez apenas surpreenda por ter vindo tarde de mais, pelo menos para muitas cidades e vilas portuguesas.
Muito provavelmente a queda não foi ainda mais abrupta unicamente devido ao hábito de comprar uma segunda casa, que ultimamente tem vindo a impor-se entre os portugueses. Por outro lado, o sector da construção civil tem sido relativamente alavancado pelos bancos portugueses, uma vez que cerca de 60% do crédito que estes concedem anualmente é para este sector (desde empréstimos às empresas, até à compra de casa).
É certo que o Estado português pouco poderia ter feito para impedir a existência de empresas, até porque, numa economia de mercado, a decisão cabe essencialmente aos consumidores: se há procura, há oferta. Mas uma coisa que o Estado poderia e deveria ter feito, desde a administração central até à administração local, era impedir a construção desordenada e promover o ordenamento do território e a transparência dos processos. Pelo menos desta forma, poderia ter garantido um crescimento mais sustentado do sector, uma vez que apenas funcionariam as empresas que prestassem um bom serviço e não aquelas que vivem dos "esquemas".
Nova Iorque ou Las Vegas?
Lisboa ocupa a 53ª posição no ranking de qualidade de vida elaborado pela consultora Mercer e divulgado esta segunda-feira. A capital portuguesa apresenta uma qualidade de vida de 97,5% face a Nova Iorque, cidade escolhida como padrão e base 100.
Será que o estudo já contava com isto?
Parece que Santana Lopes preferia Las Vegas como padrão...
2005/03/14
Sistema Eleitoral
Encontrei um interessante estudo efectuado aos resultados das últimas eleições. Parece-me conter informação mais do que suficiente para que os politicos se decidam de uma vez, a alterar este sistema eleitoral.
Penso que esta discussão é importante e anda a ser adiada há muitos anos. Pelos dados verifica-se que o chamado "voto inútil", ou seja, o que não contribuiu para a eleição de qualquer deputado, atingiu os 880 mil. São quase 16% dos votos.
Grande parte desta preversão deve-se à divisão em circulos distritais, como explica bastante bem o trabalho. Qual o interesse prático de existirem deputados eleitos por cada distrito? Quando existe disciplina de voto, o interesse é nulo! Ainda todos nos lembramos do que aconteceu a Daniel Campelo quando "vendeu" o seu voto a troco de beneficios para quem o elegeu, os eleitores de Viana do Castelo.
Não digo que concordo com o modelo de solução proposto, mas penso que já era altura de haver um debate sobre isto, já que se fala tanto do desinteresse e da abstenção.
Será que a ruptura na forma de fazer politica, que o meu co-camarão Pedro Marques referiu, e que eu aguardo com esperança que se confirme, também passa por aqui?
Pronto, confesso que fiquei lixado, o meu foi um desses 880 mil.
Penso que esta discussão é importante e anda a ser adiada há muitos anos. Pelos dados verifica-se que o chamado "voto inútil", ou seja, o que não contribuiu para a eleição de qualquer deputado, atingiu os 880 mil. São quase 16% dos votos.
Grande parte desta preversão deve-se à divisão em circulos distritais, como explica bastante bem o trabalho. Qual o interesse prático de existirem deputados eleitos por cada distrito? Quando existe disciplina de voto, o interesse é nulo! Ainda todos nos lembramos do que aconteceu a Daniel Campelo quando "vendeu" o seu voto a troco de beneficios para quem o elegeu, os eleitores de Viana do Castelo.
Não digo que concordo com o modelo de solução proposto, mas penso que já era altura de haver um debate sobre isto, já que se fala tanto do desinteresse e da abstenção.
Será que a ruptura na forma de fazer politica, que o meu co-camarão Pedro Marques referiu, e que eu aguardo com esperança que se confirme, também passa por aqui?
Pronto, confesso que fiquei lixado, o meu foi um desses 880 mil.
O cerco aperta-se
O cerco aperta-se às farmácias, como nos mostra esta notícia do Público (adenda: alertado por um leitor, fui verificar o link e percebi que o problema é que a notícia já não está disponível no Público online, por motivos que me são alheios. Seja como for a notícia referia-se a uma série de médicos e farmacologistas contactados pelo jornal e que se manifestaram todos a favor desta medida, à excepção de um). Ainda bem, digo eu!
Tenho ideia que há uns anos atrás (não muitos) seriam poucos os que estariam disponíveis para afirmar publicamente o seu apoio a esta medida; e tenho ainda ideia, que os meios de comunicação social não estariam tão disponíveis como agora, para dar visibilidade a este assunto (co'a breca, até o Miguel Guilherme e o Jorge Gabriel se mostravam entusiasticamente a favor desta medida, na Praça da Alegria desta manhã).
Convém, no entanto, não esquecer, que no caso específico da notícia do Público enunciada em cima, alguns dos defensores desta medida são médicos, que também têm um "passado negro", no que diz respeito a bloquear medidas governamentais que permitiriam melhorar os serviços de saúde em Portugal. Desde as limitações à abertura de vagas em Medicina, até à questão dos genéricos, comentada pelo co-camarão Raposo, na semana passada, os médicos portugueses não podem propriamente orgulhar-se da sua conduta.
Lembre-se a situação, no mínimo caricata (em nome da decência não lhe chamo outros nomes), ocorrida no final de uma conferência sobre o erro médico, organizada pela Ordem dos Médicos em 2004, quando o Bastonário da altura afirmou que a principal conclusão a retirar era que os doentes queixavam-se de mais! Atenção, não há negligência nem falta de profissionalismo da parte dos médicos, os doentes é que se queixam demais...
Tenho ideia que há uns anos atrás (não muitos) seriam poucos os que estariam disponíveis para afirmar publicamente o seu apoio a esta medida; e tenho ainda ideia, que os meios de comunicação social não estariam tão disponíveis como agora, para dar visibilidade a este assunto (co'a breca, até o Miguel Guilherme e o Jorge Gabriel se mostravam entusiasticamente a favor desta medida, na Praça da Alegria desta manhã).
Convém, no entanto, não esquecer, que no caso específico da notícia do Público enunciada em cima, alguns dos defensores desta medida são médicos, que também têm um "passado negro", no que diz respeito a bloquear medidas governamentais que permitiriam melhorar os serviços de saúde em Portugal. Desde as limitações à abertura de vagas em Medicina, até à questão dos genéricos, comentada pelo co-camarão Raposo, na semana passada, os médicos portugueses não podem propriamente orgulhar-se da sua conduta.
Lembre-se a situação, no mínimo caricata (em nome da decência não lhe chamo outros nomes), ocorrida no final de uma conferência sobre o erro médico, organizada pela Ordem dos Médicos em 2004, quando o Bastonário da altura afirmou que a principal conclusão a retirar era que os doentes queixavam-se de mais! Atenção, não há negligência nem falta de profissionalismo da parte dos médicos, os doentes é que se queixam demais...
Graças a Deus!
Graças a Deus que já não moro em Lisboa!
Seja como for estou curioso: caso Santana Lopes assuma de facto a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, como irá lidar com o seu passado recente? Continuará a vitimizar-se? Quem serão agora os lobbies poderosos que vão impedir a sua governação? E mais importante ainda: caso concorra às eleições autárquicas em Outubro, qual será o seu resultado? Será que é desta que "morre" politicamente, ou conseguirá ganhar um novo fôlego e impor-se de novo ao seu partido?
A ver vamos! Até porque estar na política é o contrário de não estar na política, como diria uma amiga sua...
Seja como for estou curioso: caso Santana Lopes assuma de facto a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, como irá lidar com o seu passado recente? Continuará a vitimizar-se? Quem serão agora os lobbies poderosos que vão impedir a sua governação? E mais importante ainda: caso concorra às eleições autárquicas em Outubro, qual será o seu resultado? Será que é desta que "morre" politicamente, ou conseguirá ganhar um novo fôlego e impor-se de novo ao seu partido?
A ver vamos! Até porque estar na política é o contrário de não estar na política, como diria uma amiga sua...
2005/03/12
Este homem é do norte!
Depois de ter construído o governo de forma discreta, de ter recuperado alguns bons valores dos governos Guterres (como o Santos Silva e o Mariano Gago) e de os ter complementado com gente que à partida parece estar empenhada, de ter sido capaz de agradar a diferentes sensibilidades e de ter acabado com o espectáculo saloio e graxista dos cumprimentos após a indigitação do Governo, Sócrates não para de surpreender pela positiva; desta vez, ao anunciar que os medicamentos sem receita médica deverão começar a ser vendidos fora das farmácias.
Bem sei que estes dois últimos pontos (o fim do beija-mão e a venda dos medicamentos) poderão ser entendidos como acontecimentos menores, mas a sua importância é essencialmente simbólica. Significam a ruptura com o formalismo, com o graxismo de Estado e especialmente, com os interesses corporativos. Bem sei que em si, terão pouco impacto, até porque ainda teremos de esperar para ver se, no primeiro caso, a atitude é para manter, e no segundo caso, se a promessa é para cumprir; mas para mim, foi uma entrada fulgurante!
Bem sei que estes dois últimos pontos (o fim do beija-mão e a venda dos medicamentos) poderão ser entendidos como acontecimentos menores, mas a sua importância é essencialmente simbólica. Significam a ruptura com o formalismo, com o graxismo de Estado e especialmente, com os interesses corporativos. Bem sei que em si, terão pouco impacto, até porque ainda teremos de esperar para ver se, no primeiro caso, a atitude é para manter, e no segundo caso, se a promessa é para cumprir; mas para mim, foi uma entrada fulgurante!
2005/03/11
Notícias
Para todos aqueles que procuram uma fonte de inspiração alternativa dentro da esquerda, aconselho a leitura desta entrevista ao Manuel Castells (aos outros também aconselho). É melhor despacharem-se, porque qualquer dia o Público online começa a ser pago. Além disso, mesmo enquanto for gratuito, após um determinado número de dias os artigos tornam-se de acesso restrito.
Em sentido contrário, uma má notícia. O estronço, pimbalhão e mal-cheiroso (para não dizer trafulha) Alberto João elogiou o Sócrates! Isto só pode ser mau sinal... A não ser que seja por causa disto.
Em sentido contrário, uma má notícia. O estronço, pimbalhão e mal-cheiroso (para não dizer trafulha) Alberto João elogiou o Sócrates! Isto só pode ser mau sinal... A não ser que seja por causa disto.
Bater no ceguinho
Sei que será apenas bater no ceguinho, uma vez que o homem até perdeu sua a base política de apoio, mas não posso deixar de referir que em sintonia com o meu colega de Blog, Pedro Raposo, o Eduardo Prado Coelho escreve no público de hoje uma crónica sobre o principal alvo do nosso vernáculo: Luís Delgado.
Eu que até já trabalhei para o homem, sinto-me triste pelo seu desalento, pois espero que ele não perca a pujança política que caracterizam as suas crónicas humorísticas no Diário de Notícias, Diário Digital, Sic Notícias, TSF e, last but not the least, Jornal Regional de Vale de Cambras, afecto ao proto-núcleo concelhio do PSD, Bush e Afins, da Bordaleja.
Eu que até já trabalhei para o homem, sinto-me triste pelo seu desalento, pois espero que ele não perca a pujança política que caracterizam as suas crónicas humorísticas no Diário de Notícias, Diário Digital, Sic Notícias, TSF e, last but not the least, Jornal Regional de Vale de Cambras, afecto ao proto-núcleo concelhio do PSD, Bush e Afins, da Bordaleja.
Eu sabia...
Caros co-camarões, penso que este é um problema que nos devia fazer reflectir.
Temos, definitivamente de nos deixar desta vida de gajas... Já viram bem as consequências que pode ter a nossa apetencia pelo acto?
Temos, definitivamente de nos deixar desta vida de gajas... Já viram bem as consequências que pode ter a nossa apetencia pelo acto?
O Polvo
Hoje em entrevista ao jornal Publico, Pedro Nunes, bastonário da ordem dos médicos, lança algumas críticas ao Infarmed, sobre a sua capacidade de avaliação da qualidade dos genéricos.
Ora se há coisa que me irrita é este corporativismo da classe médica, atacando tudo o que lhe retira poder. Certamente que os genéricos não lhes proporcionam tantos beneficios como os medicamentos "patrocinados" mas acho vergonhoso que se venham publicamente lançar suspeitas sobre a qualidade dos medicamentos genéricos sem mostrarem provas. Isto é o modelo do boato.
Vão-se mandando umas bocas a ver se pega, mas não pode ser assim. Existem algumas questões que merecem ser colocadas:
Porque será que o Infarmed, segundo o bastonário da Ordem dos médicos, só não tem condições de garantir a qualidade dos genéricos? Dos outros mais caros tem?
Serão os médicos quem mais sabe sobre medicamentos? Serão eles que se devem pronunciar publicamente, nestes termos, sobre a qualidade, ou falta dela, de um medicamento? Não existem bio-quimicos, farmaceuticos, etc... Os médicos serão assim tão superiores a todos os outros que tambem sabem mais sobre as áreas alheias?
Porque será que nunca vi a "classe" criticar alguns medicamentos, que até se veio a provar não terem qualidade, sendo retirados do mercado?
Já que se preocupam tanto com a qualidade do medicamento: quem é que fiscaliza a qualidade dos médicos? Não devia ser essa a preocupação do bastonário?
É que sinceramente penso que a qualidade de alguns médicos é bem mais preocupante do que a dos genéricos, mas é só uma opinião!
Ora se há coisa que me irrita é este corporativismo da classe médica, atacando tudo o que lhe retira poder. Certamente que os genéricos não lhes proporcionam tantos beneficios como os medicamentos "patrocinados" mas acho vergonhoso que se venham publicamente lançar suspeitas sobre a qualidade dos medicamentos genéricos sem mostrarem provas. Isto é o modelo do boato.
Vão-se mandando umas bocas a ver se pega, mas não pode ser assim. Existem algumas questões que merecem ser colocadas:
Porque será que o Infarmed, segundo o bastonário da Ordem dos médicos, só não tem condições de garantir a qualidade dos genéricos? Dos outros mais caros tem?
Serão os médicos quem mais sabe sobre medicamentos? Serão eles que se devem pronunciar publicamente, nestes termos, sobre a qualidade, ou falta dela, de um medicamento? Não existem bio-quimicos, farmaceuticos, etc... Os médicos serão assim tão superiores a todos os outros que tambem sabem mais sobre as áreas alheias?
Porque será que nunca vi a "classe" criticar alguns medicamentos, que até se veio a provar não terem qualidade, sendo retirados do mercado?
Já que se preocupam tanto com a qualidade do medicamento: quem é que fiscaliza a qualidade dos médicos? Não devia ser essa a preocupação do bastonário?
É que sinceramente penso que a qualidade de alguns médicos é bem mais preocupante do que a dos genéricos, mas é só uma opinião!
2005/03/10
O Submisso
O nosso impagável Luis Delgado anda triste, sem um lider forte a quem possa lamber as botas, mas parece que finalmente encontrou a solução...
2005/03/09
Fim das obras no blogue
Venho aqui anunciar, com muito prazer, que os trabalhos de beneficiação em curso no blogue estão concluidos.
Penso que consegui aliar alguma estética (que não é claramente a minha especialidade, ainda se fossem mulheres...), com o que me parece mais importante, facilidade de utilização e legibilidade das postas. Foi dificil pôr isto a funcionar num bom browser (Mozilla Firefox), e ao mesmo tempo num mau (IExplorer - não merece link).
Como é óbvio, como portugueses que somos, vamos inaugurar, mas as obras de fachada prosseguirão, com o menor incómodo possivel para o visitante. Principalmente para esses, que já nos visitaram desde a Malásia, Suécia, Canadá e Chile, esses países apreciadores de Camarão do Rio como nós. Esperem alguns dias que certamente lhes daremos as nossas saborosas receitas traduzidas nas vossas linguas, principalmente malaio.
Penso que consegui aliar alguma estética (que não é claramente a minha especialidade, ainda se fossem mulheres...), com o que me parece mais importante, facilidade de utilização e legibilidade das postas. Foi dificil pôr isto a funcionar num bom browser (Mozilla Firefox), e ao mesmo tempo num mau (IExplorer - não merece link).
Como é óbvio, como portugueses que somos, vamos inaugurar, mas as obras de fachada prosseguirão, com o menor incómodo possivel para o visitante. Principalmente para esses, que já nos visitaram desde a Malásia, Suécia, Canadá e Chile, esses países apreciadores de Camarão do Rio como nós. Esperem alguns dias que certamente lhes daremos as nossas saborosas receitas traduzidas nas vossas linguas, principalmente malaio.
Cumprimentos
Após as alterações e vários testes do meu companheiro de Blog, decidi dar-me a conhecer ao mundo, apenas para que saibam que eu existo, que não sou apenas uma deriva alucinogénica do Raposo. sim, porque não era nada de novo...
Brincadeirinha, este último comentário. Mas seja como for quero dizer: PRESENTE! e anunciar que está para breve a primeira posta mais a sério. Até lá, saibam que o Camarão do Rio come-se de facto sem tirar a casca, até porque senão dava demasiado trabalho e pouca degustação! E o que o pessoal gosta mesmo é de degustar.
Até breve!
Brincadeirinha, este último comentário. Mas seja como for quero dizer: PRESENTE! e anunciar que está para breve a primeira posta mais a sério. Até lá, saibam que o Camarão do Rio come-se de facto sem tirar a casca, até porque senão dava demasiado trabalho e pouca degustação! E o que o pessoal gosta mesmo é de degustar.
Até breve!
Má Lingua
É só para esclarecer que o facto de este blogue ser em tons de laranja refere-se exclusivamente à homenagem, justa, ao camarão.
2005/03/08
Mais alguma alterações
Bem, já fiz mais algumas coisas, mudei a imagem de fundo, revi a estrutura dos links na barra lateral e mais algumas questões de código quase impercéptiveis...
Estou mesmo a precisar de algumas dicas sobre alterações que se possam fazer.
Tirando isso acho que faltam mesmo só colaboradores :)
Depois estarão criadas as condições necessárias para revolucionar o mundo dos blogues, e quem sabe até mesmo, quem sabe, os blogues do Vale do Tejo.
Do Ribatejo para o mundo,
Atenciosamente,
Raposo
Estou mesmo a precisar de algumas dicas sobre alterações que se possam fazer.
Tirando isso acho que faltam mesmo só colaboradores :)
Depois estarão criadas as condições necessárias para revolucionar o mundo dos blogues, e quem sabe até mesmo, quem sabe, os blogues do Vale do Tejo.
Do Ribatejo para o mundo,
Atenciosamente,
Raposo
2005/03/07
já agora...
Alguém tem uma sugestão para o subtítulo?
Novos Posts
Continuo aqui a fazer testes para tentar melhorar a aparência da página.
Podem fazer alguns posts, nem que seja só para teste, com sugestões sobre o que se pode mudar.
Podem fazer alguns posts, nem que seja só para teste, com sugestões sobre o que se pode mudar.