2007/04/11

logo que passe a moção 

Que nem o desconforto de uma espinha de corvina atravessada na garganta, estava aqui pronto a desaparecer-me da ideia o honesto e humilde voto de boas vindas àquele partido pequenino que um dia esteve no governo de mão dada com um partido maior e que, felizes sejamos todos (a gerência agradece que seja aqui introduzida uma dose reforçada de ironia e sarcasmo), viu recentemente o seu porta-estandarte-da-oposição-como-deve-ser voltar para retomar o seu lugar, para liderar todos esses opositores amadores numa verdadeira e estruturada batalha de ideias contra a cor que detém o poder no momento. (nunca fui possuidor de grande timing)
Sim, estávamos necessitados de palavras assim! De um iluminado que dissesse: 'vocês vão-se perder, eu é que sei o caminho! O partido, digo mesmo, o País (com letra grande, para se perceber que isto é assunto sério), precisa de uma liderança para uma oposição forte e eu sou a pessoa indicada!'.
Ora bem! Vamos a isso! Como começar a debater e encontrar soluções para os males da nação? Esperemos um pouco... Primeiro é urgente que se decida como eleger a maior figura partidária... Votamos todos nele ou votamos noutros para votarem depois nele? Decisões, decisões... Vamos a uma votação!
Vamos também trazer para o debate político das coisas sérias e importantes, pontos fulcrais e actuais, como sejam o insulto directo e vernacular a membros do próprio partido, a insinuação xenófoba, a ameaça física seguida da ameaça de auto processual e a alienação continuada dos vectores fortes do partido (fortes, mas opositores), porque assim, meus amigos, assim é a forma correcta de se fazer oposição!
Ou então assim...