2005/04/18

FUJAM!! FUJAM!! VEM AÍ O CONCLAVE!! 

Pois é. Foi oficialmente dado início a essa concentração de príncipes de Cristo (a expressão não é minha), de onde irá surgir o nome do futuro Papa. O Príncipe dos príncipes de Cristo...
Todo o mundo anseia por conhecer esse novo nome, essa nova personalidade, esse novo príncipe. O espectáculo está em marcha e todos nós, a bem ou a mal, conscientemente ou não, fomos oficializados como fãs, como seguidores desse culto de personalidades e de príncipes. Para mim estes são os Príncipes das Trevas.

Identifico no Vaticano um dos meus ódios pessoais e nos seus representantes a origem de um profundo mal estar e de uma consciência muito próxima daquela capaz de criar assassinos em série e outros praticantes de actos menos convenientes para a sociedade em que vivemos. É por esta razão que aponto o meu dedo a toda esta farsa, este Conclave, e aponto-o também para todos aqueles farsantes hipócritas que usam roupas femininas, mas não abrem as portas do sacerdócio às mulheres, que usam títulos como Cardeais e Bispos, representantes de Cristo na Terra. Os ministros de Deus. Os farsantes.

A opulência do Vaticano e todo o seu esplendor forçam-me a sentir-me enojado com todas aquelas personagens, com todo aquele ar quente que é soprado na face dos crentes, que descontentes com a presença de Deus no seu próprio coração, necessitam projectar as suas esperanças em homens que lhes dizem ser um canal directo com o próprio Criador. Pois sim...

O funeral do padre polaco que agora irá ser sucedido foi para mim como um espectáculo rock, uma encenação digna de nomes como Alice Cooper, King Diamond ou Marilyn Manson, sendo que a única diferença é o facto de que qualquer um destes artistas é abominado pela Igreja e sua música considerada satânica, quando aquilo é apenas rock. Apenas entretenimento. Tal como a Igreja, o Vaticano e os seus Bispos e Cardeais.

“Faz o que eu digo, não faças o que faço”. Desconheço a origem deste dizer, mas sei que é a Lei de Bases para o Vaticano. Os Embaixadores de Cristo na Terra, que pregam a bondade, a caridade e o altruísmo, mas que têm em sua posse uma fortuna de valores incalculáveis, capaz de mitigar muito do sofrimento humano actual, resolvem então que são necessárias 3 novíssimas urnas de prata e bronze, talvez para que a eleição do novo Papa corra melhor.

Permitam-me que considere isto um verdadeiro nojo. Um desperdício.