2005/07/14
Duas ou três coisas (ou quatro, se formos a ver bem...)
Vou dar a mão à palmatória e confessar que fui acordado da minha letargia crustácea devido ao apelo sentido do meu co-Camarão. Sim, confesso... Tenho necessidade de ser espevitado de vez em quando...
Acompanhem-me e compreendam:
Tem estado um calor ‘daqueles’, que até o próprio Satanás em pessoa (o Mafarrico, ele mesmo!!) foi visto a deambular pelas praias portuguesas, de geleira em punho, em busca de um molha-pés refrescante! Só espero que não seja apanhado em algum desses arrastões da moda...
Com um cenário destes, os meus dedos tendem a tornar-se um pouco preguiçosos, quando deparados com papel e pena... Isto assim não se consegue aguentar! Já ponderei a possibilidade de iniciar uma cura de gelo por via intravenosa, mas tenho receio que não resulte e tudo se venha a tornar uma imensa perda de tempo...
Estou desempregado! Pois é, como esconder o orgulho de me ter tornado uma parte pulsante dessa estatística maravilhosa que estima a população portuguesa no desemprego? Deixem-me dizer-lhes que não é muito revigorante deixar de ser tratado como um número numa empresa (2772, ah pois é!), para passar a ser conhecido como um número numa estatística. Não é muito, não...
Mas como bom elemento estatístico que sou, faço aquilo que todo o desempregado que tem orgulho no seu papel pode fazer. Assim sendo, não há um dia que passe que não tente descobrir uma nova forma de adormecer no sofá da sala, enquanto sofro uma lavagem cerebral através de inúmeros programas de televisão, logo após ter ingerido uma quantidade absurda de alimentos, cujo elevado teor em açucares e substâncias capazes de obstruir as principais artérias, é suficiente para tornar uma saca de cimento numa refeição saudável!!
Não pensem que me tornei num inútil! Nada disso! Ainda não tenho um cargo no governo! Apesar de lhes ter enviado um curriculo, a resposta que me deram foi negativa. Através de um trabalho de investigação exaustiva que ocupou 17 departamentos da função pública, 3 conferências de imprensa, uma visita da Polícia Judiciária e publicação no Diário da República com direito a errata posterior, lá conseguiram encontrar uma falha nas minhas habilitações. Parece que afinal, de vez em quando, sou dono daquilo a que chamam Consciência...
Ainda não me consegui livrar dela. E vocês não fazem ideia de como isso pode ser um handicap quando se anda em busca de um lugar no mercado de trabalho...
Mas como o nosso anterior governo (aquele que disse que isto estava de tanga e deixou-nos a tentar gerir uma colónia de nudistas) gastou uns bons milhões do nosso dinheiro (daquele que eu era obrigado a dar-lhes quando ainda tinha emprego), na compra de material e equipamentos para ajudar as corporações de bombeiros e populações em geral no combate aos incêndios, que mais uma vez estão a destruir o nosso país, resolvi tirar uns cursos e frequentar umas acções de formação, de forma a poder, também eu, dar o meu contributo...
Agora, a culpa não é minha se ainda não começaram a utilizar os submarinos!!
Assim é que, enquanto não sou chamado para conduzir os submarinos mágicos que vão apagar estes incêndios todos, fui-me deixando cair mais vezes no sofá mágico da minha sala, tentando perceber onde diabo estavam aqueles 150 mil novos postos de trabalho, que o Sócrates me prometeu, no dia em que fui despedido...
Tenho estado ocupado...
Acompanhem-me e compreendam:
Tem estado um calor ‘daqueles’, que até o próprio Satanás em pessoa (o Mafarrico, ele mesmo!!) foi visto a deambular pelas praias portuguesas, de geleira em punho, em busca de um molha-pés refrescante! Só espero que não seja apanhado em algum desses arrastões da moda...
Com um cenário destes, os meus dedos tendem a tornar-se um pouco preguiçosos, quando deparados com papel e pena... Isto assim não se consegue aguentar! Já ponderei a possibilidade de iniciar uma cura de gelo por via intravenosa, mas tenho receio que não resulte e tudo se venha a tornar uma imensa perda de tempo...
Estou desempregado! Pois é, como esconder o orgulho de me ter tornado uma parte pulsante dessa estatística maravilhosa que estima a população portuguesa no desemprego? Deixem-me dizer-lhes que não é muito revigorante deixar de ser tratado como um número numa empresa (2772, ah pois é!), para passar a ser conhecido como um número numa estatística. Não é muito, não...
Mas como bom elemento estatístico que sou, faço aquilo que todo o desempregado que tem orgulho no seu papel pode fazer. Assim sendo, não há um dia que passe que não tente descobrir uma nova forma de adormecer no sofá da sala, enquanto sofro uma lavagem cerebral através de inúmeros programas de televisão, logo após ter ingerido uma quantidade absurda de alimentos, cujo elevado teor em açucares e substâncias capazes de obstruir as principais artérias, é suficiente para tornar uma saca de cimento numa refeição saudável!!
Não pensem que me tornei num inútil! Nada disso! Ainda não tenho um cargo no governo! Apesar de lhes ter enviado um curriculo, a resposta que me deram foi negativa. Através de um trabalho de investigação exaustiva que ocupou 17 departamentos da função pública, 3 conferências de imprensa, uma visita da Polícia Judiciária e publicação no Diário da República com direito a errata posterior, lá conseguiram encontrar uma falha nas minhas habilitações. Parece que afinal, de vez em quando, sou dono daquilo a que chamam Consciência...
Ainda não me consegui livrar dela. E vocês não fazem ideia de como isso pode ser um handicap quando se anda em busca de um lugar no mercado de trabalho...
Mas como o nosso anterior governo (aquele que disse que isto estava de tanga e deixou-nos a tentar gerir uma colónia de nudistas) gastou uns bons milhões do nosso dinheiro (daquele que eu era obrigado a dar-lhes quando ainda tinha emprego), na compra de material e equipamentos para ajudar as corporações de bombeiros e populações em geral no combate aos incêndios, que mais uma vez estão a destruir o nosso país, resolvi tirar uns cursos e frequentar umas acções de formação, de forma a poder, também eu, dar o meu contributo...
Agora, a culpa não é minha se ainda não começaram a utilizar os submarinos!!
Assim é que, enquanto não sou chamado para conduzir os submarinos mágicos que vão apagar estes incêndios todos, fui-me deixando cair mais vezes no sofá mágico da minha sala, tentando perceber onde diabo estavam aqueles 150 mil novos postos de trabalho, que o Sócrates me prometeu, no dia em que fui despedido...
Tenho estado ocupado...