2006/03/03
Porque o ócio me aborrece
Devo confessar que estava a ficar demasiado preso à intensa ansiedade de vislumbrar as magníficas provas desse tal nevão que se diz ter deixado as suas marcas por terras de Camarão.
Assino também a confissão de não saber mais que centímetros de pele deste corpo que o Criador me ofereceu (anafado, dizem uns, largo de ossos, digo eu) poderia continuar a coçar sem fazer surgir o vermelho vivo de sangue, por isso, aflorou-se-me a ideia peregrina de pôr as falanges em movimento e rabiscar qualquer coisa, mesmo que estivesse completamente desprovida de qualquer interesse cultural e humano.
Porque não? Pensei... Porque não trazer de volta esse maravilhoso exercício que é falar desgovernadamente e não dizer seja o que for? Sim, porque os nossos estimados autores que anteriormente se dedicaram em dar sentido às palavras e ousaram até, imaginem, em dar opiniões conscientes e racionais, enveredaram por outros caminhos, não menos nobres ou de menor interesse colectivo, claro está, como é certamente o caso do nosso caríssimo co-Camarão, Pedro M., envolvido agora numa espécie de subliminar invasão em terras britânicas, segundo o próprio me confessou.
Pois é, ao que parece, o nosso elevado PM está completamente absorvido na sua missão de educar pequenas versões de lusitanos em propensão, coisa magnífica se pensarem bem nisso. Nascidos de pais britânicos, em terras de Sua Majestade, com todos os seus direitos e regalias, com todo o seu futuro britânico assegurado, mas completamente lusos, munidos de todas as características e aptidões dignas de um verdadeiro peninsular ibérico, em que o exemplo dado pelos fartos bigodes, que o próprio PM se encarrega de incentivar, demonstrando as diferentes técnicas de poda e aparo, é apenas uma mostra do maravilhoso trabalho que se está a efectuar neste campo.
Penso, no entanto, que numa fase de invasão posterior, algumas dificuldades poderão vir a surgir para este louvável empreendimento. Penso especificamente ao nível da fraca coloração da pigmentação britânica, mas segundo li num relatório secreto elaborado pelas forças envolvidas nesta missão, estão a ser criadas em laboratórios especiais, situados em parte incerta (diz que alguns deles são ali por cima de Alenquer), castas especiais de Palheto, esperando-se que as primeiras doses comecem a ser dispersas durante o próximo aniversário da Rainha, nesta ocasião celebrado com uma tradicionalmente britânica matança de porco nos jardins do Palácio de Windsor... Força PM! O mundo nunca se vai aperceber!
Mas outros deixaram marcas e apenas se questiona para quando o seu regresso. Para quando o retorno de Pedro R., do seu périplo, da sua epopeia de pregação da palavra e conversão por entre as vestais que deambulam pelos caminhos dessas selvas de pedra? Para quando o regresso de Sérgio B., a braços com o ingrato e impossível destino de se tornar no senhor absoluto da conquista e estratégia em campos de batalha seccionados, como que por artes mágicas ou verdadeiros senhores da topografia e mestres do GPS? Para quando e novamente a sagacidade de uma pena feminina nestes pergaminhos electrónicos, ainda que a sua minoria vigente lhe retire qualquer tipo de especial atenção ou mérito? Para quando o ressuscitar dos nado-mortos João C. e João P., abandonados à sorte da incubadora que alguém se esqueceu de ligar à corrente? Lembrai-vos companheiros, que o silêncio também é uma opinião, mas de nada serve num mundo de diálogo...
Assino também a confissão de não saber mais que centímetros de pele deste corpo que o Criador me ofereceu (anafado, dizem uns, largo de ossos, digo eu) poderia continuar a coçar sem fazer surgir o vermelho vivo de sangue, por isso, aflorou-se-me a ideia peregrina de pôr as falanges em movimento e rabiscar qualquer coisa, mesmo que estivesse completamente desprovida de qualquer interesse cultural e humano.
Porque não? Pensei... Porque não trazer de volta esse maravilhoso exercício que é falar desgovernadamente e não dizer seja o que for? Sim, porque os nossos estimados autores que anteriormente se dedicaram em dar sentido às palavras e ousaram até, imaginem, em dar opiniões conscientes e racionais, enveredaram por outros caminhos, não menos nobres ou de menor interesse colectivo, claro está, como é certamente o caso do nosso caríssimo co-Camarão, Pedro M., envolvido agora numa espécie de subliminar invasão em terras britânicas, segundo o próprio me confessou.
Pois é, ao que parece, o nosso elevado PM está completamente absorvido na sua missão de educar pequenas versões de lusitanos em propensão, coisa magnífica se pensarem bem nisso. Nascidos de pais britânicos, em terras de Sua Majestade, com todos os seus direitos e regalias, com todo o seu futuro britânico assegurado, mas completamente lusos, munidos de todas as características e aptidões dignas de um verdadeiro peninsular ibérico, em que o exemplo dado pelos fartos bigodes, que o próprio PM se encarrega de incentivar, demonstrando as diferentes técnicas de poda e aparo, é apenas uma mostra do maravilhoso trabalho que se está a efectuar neste campo.
Penso, no entanto, que numa fase de invasão posterior, algumas dificuldades poderão vir a surgir para este louvável empreendimento. Penso especificamente ao nível da fraca coloração da pigmentação britânica, mas segundo li num relatório secreto elaborado pelas forças envolvidas nesta missão, estão a ser criadas em laboratórios especiais, situados em parte incerta (diz que alguns deles são ali por cima de Alenquer), castas especiais de Palheto, esperando-se que as primeiras doses comecem a ser dispersas durante o próximo aniversário da Rainha, nesta ocasião celebrado com uma tradicionalmente britânica matança de porco nos jardins do Palácio de Windsor... Força PM! O mundo nunca se vai aperceber!
Mas outros deixaram marcas e apenas se questiona para quando o seu regresso. Para quando o retorno de Pedro R., do seu périplo, da sua epopeia de pregação da palavra e conversão por entre as vestais que deambulam pelos caminhos dessas selvas de pedra? Para quando o regresso de Sérgio B., a braços com o ingrato e impossível destino de se tornar no senhor absoluto da conquista e estratégia em campos de batalha seccionados, como que por artes mágicas ou verdadeiros senhores da topografia e mestres do GPS? Para quando e novamente a sagacidade de uma pena feminina nestes pergaminhos electrónicos, ainda que a sua minoria vigente lhe retire qualquer tipo de especial atenção ou mérito? Para quando o ressuscitar dos nado-mortos João C. e João P., abandonados à sorte da incubadora que alguém se esqueceu de ligar à corrente? Lembrai-vos companheiros, que o silêncio também é uma opinião, mas de nada serve num mundo de diálogo...